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quinta-feira, julho 16, 2009

Futebol, samba e punk rock
Estilo contestador logo cruzou o Atlântico e chegou ao Brasil

O sincronismo dos punks nacionais com os ingleses e americanos foi admirável. Em 1978, o Brasil já podia se orgulhar (ou não) de ter seu primeiro grupo punk, o Restos de Nada, do qual faziam parte Clemente e Ariel, que hoje tocam nas bandas Inocentes e Invasores de Cérebro. O primeiro disco punk brasileiro, a coletânea Grito Suburbano, com Cólera, Olho Seco e Inocentes, saiu em abril de 1982, mesmo ano em que a inofensiva Blitz ensaiava “Você Não Soube Me Amar”. Grande parte dos grupos paulistanos que formaram a primeira geração, como Lixomania, Ratos de Porão, Hino Mortal e Fogo Cruzado, participaram do festival O Começo do Fim do Mundo, no Sesc Pompéia, em 1982. Calado por um tempo, o punk retornou com força no início dos anos 90, impulsionado pelo grupo Nirvana e o fenômeno grunge. O gosto pelo som rápido, simples e divertido, chamado de hardcore, é a principal característica da nova geração. Enquanto bandas pioneiras como Cólera e Ratos de Porão seguiram o caminho independente, nomes como CPM 22 e Dead Fish pularam para o grande mercado fonográfico, alcançando imensa popularidade.
O melhor de Sid
O baixista deixou parco legado

Cultuar a discografia de Sid Vicious não é fácil. Oficialmente, o Sex Pistols lançou só um álbum – e consta que Sid nem tocou nele. Mas o baixista exerceu seu lado crooner em algumas apresentações registradas de forma caseira. As músicas se repetem em diversos títulos, exigindo cuidado para não levar, sob capas diferentes, o mesmo show para casa.

Sid Sings

Primeiro lançamento solo póstumo de Sid Vicious, pe-la Virgin. Contém “Belsen Was a Gas”, que alguns acreditam ser a única composição da qual ele realmente participou.

Better (to Provoke a Reaction than to React to Provocation)

Gravado no Max’s Kansas City, em 1978. Acredita-se que ele foi acompanhado por Johnny Thunders (guitarra), Walter Lure (guitarra), Billy Rath (baixo) e Jerry Nolan (bateria), membros do New York Dolls.

Live at the Electric Ballroom

Antes de se mandar para os Estados Unidos, Sid arrecadou algum dinheiro com essa apresen-tação com The Vicious White Kids, banda especialmente criada para a ocasião. É seu melhor registro ao vivo.
Saiba mais

Livros

Chaos – The Sex Pistols, de Bob Gruen, Omnibus Press (em inglês)

A caótica passagem da banda pelos Estados Unidos.

O Que É Punk, de Antonio Bivar, Editora Brasiliense

Um tanto sentimental, captou os primeiros anos do movimento no Brasil.

Mate-me Por Favor – Uma História Sem Censura do Punk, de Legs McNeil e Gillian McCain, L&PM Editores

Os últimos dias de drogas e a decadência de Sid Vicious em Nova York. Essencial.

Filmes

The Great Rock’n’roll Swindle, dirigido por Julian Temple

Filme irregular em que Malcolm McLaren revela como criou o punk. Uma das melhores cenas mostra Sid cantando “My Way”.

Sid & Nancy – O Amor Mata, dirigido por Alex Cox

Um tanto desprezado pelos próprios punks, faz um romance do tipo Romeu e Julieta do punk rock.

O Lixo e A Fúria, dirigido por Julian Temple

Excelente documentário, narra o início e o fim do Sex Pistols, com cenas exclusivas.

Site

www.philjens.plus.com/sid/
Bem completo, traz entrevistas com o roqueiro, além de fotos e documentos.