No Domingo acabei acordando cedo e arrumando a casa, se bem que tenho poucos moveis para limpar e este serviço acaba sendo menos doloroso do que deveria ser, guardei alguns livros que vinha lendo, fiz algumas anotações para as compras da semana e fiz café, bebida na qual me viciei de alguns tempos para cá, alguns usam barbitúricos, alucinogénos, álcool, eu uso caféina...
O tempo que estava frio e chuvoso pela manhã não havia mudado muito até a hora do almoço. Me encontrei com Steve na loja de conveniência como havíamos planejado na noite anterior, e enquanto cada um tomava uma Quilmes " a cerveja Argentina ", Steve ia me falando das cobranças do pai militar diplomata e suas cobranças sobre o modo de vida " american way of life " onde todos tem que ir para uma faculdade casar cedo e morar em belas casinhas brancas com lindos gramados que serão cortados por seus filhos entediados nos finais de semana. Como sempre eu fui um bom " ouvidor " e meus conselhos se resumiram a apenas pedir que ele fizesse o que ele achava ser o certo mesmo que no futuro ele senti-se remorso de tudo aquilo. O fantasma do irmão morto no Vietnã ainda assombrava a família Jones.
Ao me encontrar com Carolina depois do almoço, meu humor havia melhorado também depois de mais de uma hora de assuntos tão angustiantes com Steve, não digo que detesto este tipo de conversa mais sempre ficamos pensativos e calados depois de conversas assim.
Carolina estava radiante com o vestibular e tinha quase certeza que tinha passado, mas não queria admitir uma vitoria fácil, pois se ela não passa-se a queda seria maior quando o resultado fosse publicado.
Terminamos o dia conversando e indo passear no Shopping entre risadas histéricas sobre as roupas das pessoas e suas atitudes estranhas em publico, a vida havia sido esquecida e por alguns instantes o fantasma de Willhan O`neill Jones estava descansando em paz.